CNE Não Explica Discrepâncias nos Resultados Eleitorais: CC Aguarda Decisão
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique não conseguiu apresentar uma explicação ao Conselho Constitucional (CC) sobre as discrepâncias entre o número de eleitores registados e o número total de votos contados. O prazo estipulado pelo CC terminou na última sexta-feira, sem que a CNE enviasse qualquer resposta.
Um vogal da CNE, em declaração ao CanalMoz, confirmou que o órgão não possui justificativas para as irregularidades. É uma situação embaraçosa, que preferimos não comentar.
Cabe agora ao Conselho Constitucional agir conforme a sua responsabilidade. Os resultados foram recebidos por nós tal como estão, afirmou.
Um juiz do CC corroborou a informação, mencionando que a CNE realmente não apresentou as devidas explicações e que o prazo expirou. Entretanto, o magistrado evitou comentar sobre as potenciais consequências legais da omissão.
Os resultados divulgados pelo presidente da CNE, Carlos Matsinhe, revelam discrepâncias significativas. Em situações normais, cada eleitor deveria ter depositado três votos: um para presidente, outro para a Assembleia da República e um terceiro para a Assembleia Provincial.
Contudo, há casos onde o número de votos supera consideravelmente o de eleitores, com diferenças que favorecem a Frelimo e o candidato Daniel Chapo.
Caso as explicações e as actas originais não sejam apresentadas, o CC poderá recorrer às actas do partido que interpôs o recurso para validar ou, em caso de fraude comprovada, anular os resultados.
Os protestos da população contra a alegada fraude continuam nas ruas de Moçambique, com a polícia intervindo para contê-los. O desfecho agora está nas mãos do Conselho Constitucional. Leia Mais...
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