Venâncio Mondlane afirma: "Vão-se cansar de me processar"
A Polícia da República de Moçambique (PRM) na província de Manica abriu um processo contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane, acusando-o de incitação à violência e realização de campanha fora do horário permitido. Mondlane, que disputa as eleições pelo partido PODEMOS, considerou as acusações injustas e sem fundamento.
O incidente ocorreu na última terça-feira, quando Mondlane participou de passeatas pelas ruas de Chimoio. Durante a caravana, na zona da Cher, um guarda prisional que conduzia uma viatura passou diante do cortejo e acabou atropelando algumas pessoas, o que gerou revolta entre os apoiantes do candidato. A situação escalou rapidamente, resultando em confrontos, onde a viatura do guarda foi vandalizada, e o próprio condutor, severamente agredido. Cinco pessoas foram levadas ao Hospital Provincial de Chimoio, incluindo o motorista.
A PRM responsabilizou Mondlane pelo tumulto, alegando que ele incitou a violência e conduziu campanha além do horário permitido. No entanto, especialistas jurídicos, como André Júnior, argumentam que as acusações não têm base legal.
Segundo ele, a Lei Eleitoral não estipula horários rigorosos para a campanha, exceto o uso de meios sonoros, que deve ser realizado entre 7h e 21h, conforme o artigo 32 da Lei 8/2013.
Mondlane ainda criticou a atuação da polícia, afirmando que há outros casos de irregularidades que não receberam a mesma atenção, como o uso de carros da polícia para promover campanhas de clubes ou o encerramento de escolas para favorecer outros candidatos. Leia Mais...
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