Moçambique Busca Maior Equilíbrio de Gênero no Ensino Técnico-Profissional

Moçambique Busca Maior Equilíbrio de Gênero no Ensino Técnico-Profissional

A participação feminina no Ensino Técnico-Profissional em Moçambique tem mostrado um crescimento constante nos últimos anos. No entanto, a adesão das mulheres aos cursos industriais ainda é baixa, levando o governo a desenvolver uma nova estratégia para enfrentar esse desafio.

Atualmente, o subsistema de ensino conta com 106.992 estudantes, dos quais 65.963 são mulheres, representando 61,7% do total. Porém, nos cursos do ramo industrial, apenas 23,6% dos estudantes são do sexo feminino.

Acissa Carimo, secretária permanente na Secretaria de Estado do Ensino Técnico-Profissional (SEETP), destacou que a nova estratégia visa criar uma sociedade mais justa, onde homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades. O objetivo é promover mudanças profundas no subsistema educacional e enfrentar desafios culturais históricos, incentivando um diálogo mais amplo sobre a questão de gênero.

"Apesar dos progressos alcançados, ainda há poucas mulheres nos cursos industriais, o que é motivo de preocupação para o governo. É necessário reverter essa situação", afirmou Carimo.

A estratégia também tem como meta garantir que o acesso, a adesão e a retenção de mulheres nos cursos industriais sejam abordados sob uma perspectiva de igualdade de gênero. Durante o processo de elaboração, foram consultados diversos grupos, incluindo pais, alunos, formadores e gestores, abrangendo um total de 340 pessoas, das quais 162 eram alunas dos institutos.

Carimo enfatizou que a implementação dessa estratégia será um processo contínuo e desafiador, e que o sucesso depende da colaboração de gestores, formadores, parceiros e da sociedade civil.

A elaboração da estratégia foi baseada em instrumentos internacionais e nacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a Constituição da República, entre outros. Leia Mais...

Fonte: Folha de Maputo