Crise de Violência Aumenta no Chile e Migrantes Venezuelanos São Apontados como Culpados

violência no Chile tem atraído atenção internaciona


O Chile enfrenta uma crise crescente de violência, e a população local tem associado parte desse aumento à presença de migrantes, especialmente venezuelanos. A gangue venezuelana Tren de Aragua, que tem ampliado sua atuação na nação andina, é considerada um fator chave para a intensificação da insegurança no país. A origem do grupo em um país governado por Nicolás Maduro tem alimentado o sentimento de xenofobia contra aqueles que fogem do regime venezuelano.

A preocupação com a violência é refletida em pesquisas recentes. A Pesquisa Nacional Urbana de Segurança e Cidadania de 2023 revelou que 87,6% dos chilenos acreditam que a criminalidade aumentou, com 21,7% relatando que eles ou familiares foram vítimas de crimes no último ano. O "índice de temor", que mede a percepção de insegurança, atingiu 30,5% no ano passado, o maior nível desde 2000.

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Embora os dados mostrem que crimes sem violência, como furtos, não aumentaram, os crimes violentos, incluindo homicídios e feminicídios, quase dobraram em pouco mais de uma década. O Chile tem registrado novos tipos de crimes, como assassinatos por encomenda e tráfico de migrantes, nos quais a Tren de Aragua tem sido citada como uma das responsáveis.

A presença da gangue também é notada em outros países sul-americanos, como Colômbia e Peru, mas especialistas afirmam que a falta de concorrência com outras facções no Chile tem facilitado seu crescimento.

Nas ruas, o aumento da insegurança é visível. Muitos chilenos relatam assaltos frequentes, alguns deles envolvendo armas de fogo, algo incomum no passado. Migrantes, especialmente venezuelanos, têm sido culpados pelo aumento da violência, o que tem alimentado casos de xenofobia. Atualmente, o Chile tem quase 3 milhões de imigrantes, dos quais 23% são venezuelanos, um número que cresceu devido à crise na Venezuela.

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A crescente violência no Chile tem atraído atenção internacional, com incidentes recentes ganhando destaque, como a agressão a uma brasileira em julho e a morte de três policiais em abril. Esses episódios têm mobilizado o Congresso chileno, que discute medidas para reforçar a segurança, incluindo novas regras para o uso da força policial e a criação de um Ministério da Segurança.

Ao mesmo tempo, as autoridades chilenas buscam se preparar para a possível chegada de mais venezuelanos. O presidente do Senado chileno, José García Ruminot, enfatizou a necessidade de reforçar o controle migratório, mas reconheceu que a raiz do problema está na crise na Venezuela. Segundo ele, a violência diminuirá "se a Venezuela recuperar sua democracia e prosperidade". Leia Mais...


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