O presidente da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, afirmou hoje que as recentes greves de funcionários públicos no país refletem uma "ausência de liderança do Estado".
Ossufo Momade comentou que o ambiente de descontentamento em vários setores tem gerado sérios problemas sociais, que permanecem sem solução devido à incompetência do governo.
As greves e ameaças de paralisação nos últimos meses foram convocadas por funcionários públicos de diversos setores, que exigem melhores condições de trabalho e contestam cortes na implementação da nova Tabela Salarial Única (TSU). Momade destacou que, durante suas visitas às províncias de Sofala e Manica, constatou condições precárias em hospitais e infraestruturas inadequadas para atendimento, exemplificando a falta de liderança estatal.
Profissionais de saúde, médicos, professores, juízes e magistrados estão entre as classes que protestam contra cortes e atrasos salariais resultantes da implementação da TSU.
Aprovada em 2022 para eliminar assimetrias e controlar a massa salarial do Estado, a TSU fez os salários dispararem em cerca de 36%, aumentando a despesa mensal de 11,6 mil milhões de meticais para 15,8 mil milhões de meticais.
Segundo um documento do Fundo Monetário Internacional (FMI), a TSU custou cerca de 28,5 mil milhões de meticais, mais do que o inicialmente esperado. Ossufo Momade pediu aos profissionais da função pública que não abandonem as populações, apesar dos desafios enfrentados. Leias Mais...
Fonte: OMG tv